sexta-feira, 11 de junho de 2010

Agora


Agora Que estou só, meus lábios enfraquecem,
cansaram-se os olhos por lágrimas envão
e o corpo nem pedi mais por socorro.

Agora que você se foi mesmo que seja por um breve tempo
eu me sinto só e sem controle..
esvairam-se as forças, mas eu ainda sinto dor.

Agora quando olho pra mim mesma, sinto um corpo inanimado
- quem dera- fadado as chagas e ruínas de um Ser.

Agora que sinto sua voz em meu peito,
quisera eu que ela me consolasse e levasse consigo
em nossos devaneios que a cada dia se torna constante.

Quisera eu ter coragem pra dizer um Não bem na cara e
gritar e sofrer e morrer sozinha e dizer que vou embora pra sempre
e que nunca mais volto...

Quisera eu ter paz em minha despedida , todos os tormentos e
verdugos ficassem do lado de fora,
nem sabendo de mim.

Quisera eu não ter mais dor
sentido ou existência...
Ser a mais simples respiração exalada ao dia que nem sempre é especial,
Ou uma respiração ofegante de dois corpos que se amam terminantemente.

Quisera eu ser a flor que nasce hoje, se entrega ao dia,
a noite com avidez e veemência, mas amanhã é pisoteada
ou colhidas para enfeitar um ambiente,
mas que pena logo logo ela vai murchar.

Ou a simplicidade dos pombos que alimentam-se do que lhe damos..
Também os cachorrinhos que se fartam com um passeio de carro.
Ah como eu daria tudo pra não ser eu mesma.

A desimportancia da marca de fogo na pele queimada
sempre me intriga, o arfar dos pulmões cansados me faz
pensar como a vida é curta pouco durável e nada do que fazemos faz sentido algum.

terça-feira, 1 de junho de 2010

No Fundo do Túnel


Eu agora não tenho mais palavras bonitas pra te dizer, as palavras nos limitam , são erros sem volta que não posso negar. Pra que dizer o que vc já sabe? pra que pronunciar novamente e te fazer sangrar? Eu fico sentindo dores pelo corpo e nem sei como começou,sem dormir passo a noite acordada e é como se eu sempre estivesse parada no mesmo lugar sem movimento algum.

A vida queda letárgica e meus olhos se cansam de olhar o que não tem mais jeito e por fim espero o dia amanhecer e as tardes se anidarem, é muito belo o crepúsculo o som do mar quando ninguém está por perto, a lua desaparecendo no infinito e a dor não me diz mais nada as vezes pronuncia palavras que a mim não tem sentido nenhum, acho que deve ser assim a finitude da vida: solitária.

Agente vai definhando aos pouquinhos em uma solidão descomunal. Agora eu me sinto um pouco mais leve, mas meu corpo ainda muito cansado a mente coitada, nem sabe o que fazer. Eu queria voar, sobrevoar o mar a noite quando todos supostamente dormem, minhas grandes asas brancas no ímpeto do vento frio, não há nada melhor.

Mas não irei sozinha te darei asas também, então nós dois voaremos nosso voo apaixonado, dois fugitivos da vida insólita, pairando no ar, fazendo piruetas ao vento nos amando sob as nuvens é doce e somos um do outro é o que dá sentido a nossas vidas. Nosso amor..voar..a lua..nossos planos e Eu Te Amo.