sábado, 1 de agosto de 2009

Reticências...


Eu até estou gostando dessa função. Lá fora chove e isso parece tão poético, se não fosse o que passa dentro de mim. Fico com medo e me surpreendo a cada dia com minhas atitudes,não sei, eu me achava tão forte como se não precisasse de ninguém, tola eu fui em pensar isso.

Todo mundo precisa de alguém até mesmo Tom precisa de Jerry pra que a sua existência seja completa e ampla. Minha vida tem sido tão poética se não fosse a lacuna existente em mim. Tenho alcançado tudo aquilo que desejei um dia: fazer faculdade, escrever, ser reconhecida pelo que escrevo, até ganhei um concurso de crônicas. Esses dias lí O Pequeno Príncipe e Hoje comprei Alice no País das Maravilhas. Começo a creditar que são as crianças que sabem viver.

Mas Aqui, dentro de mim é tão vazio, incompleto, confuso... Este momento teria que ser o mais "feliz" (em tese) ,já que estou me realizando como profissional. Mas não é...
Sempre que posso ouço Debussy,Clair de Lune. As vezes compro rosas pra mim mesma... de diversas cores

Talvez seja muito melancólico, é bom sentir pena de si mesmo as vezes rs. Ah pelo menos vivo na ideia de um dia ser verdadeiramente amada. Uma coisa que não tô gostando muito é essa fase de carência. Nossa é horrível, a necessidade que sinto ...
Não conseguiria entender. Aprendi na literatura o pq das reticências, se usa quando não se consegue escrever o que senti ou pelo pouco vocabulário ou pela impossibilidade do outro não entender o que Senti.

Acho que é isso, vou chamar esse texto de reticências, várias e várias reticências. Sabe é até engraçado por que ultimamente quando escrevo esse texto fica na minha mente como um eterno dialogo, eu vou dormir e ele fica lá. Tanto ele quando Debussy com seu Clair de Lune. Antes que vc pesquise é francês e Clair de Lune significa Luar.
A Lua é mistério no dicionário de símbolos. Então fica pra vc: clair de Lune, que seja sua trilha sonora,assim como a minha.

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