terça-feira, 20 de abril de 2010

Às Coisas que Não Existem


E mais uma vez estou Aqui, enfrentando meu ser Decaído e adâmico, lutando contra meu pior inimigo Eu. Digo não, Novamente nego a minha natureza e sigo meu caminho da terra para a Eternidade. Percorro as ruas, olho em volta...Sinto o vento, ele paira nas linhas tênues do meu rosto, em minhas expressões e meus músculos relaxam na suavidade do desvario. As divagações são breves e contínuas...

O corpo já anestesiado de tantas decepções - ainda não foi a pior- fico esperando a próxima, ansiando por outra emoção, de pé ou sentada, já que não fará diferença alguma. Pelo menos não dói mais nem incomoda. Agora estou pagando pra ver.

Talvez eu seja a sóbria no mundo de loucos ou a mais ébria em meio a tantos sábios e sensatos. Prefiro a teoria do desconsertar, do desaprender, do subjetivo..As evidências não me interessam, tenho um apego ao insignificante e uma coisificação ao inútil, eu quero o que os normais não sabem explicar.

Sou a criança que diz " eu quero ouvir a cor dos pássaros", eu não quero chamar um riachinho de enseada, quero os deslimites das palavras, eu quero dálias na poesia... O limitado me faz duvidar... O ilimitado me atrai, o complexo me tem nas mãos e amo ser o que sou. Ouvir o que ninguém me disse, saber o porvir, acreditar no que ainda Ele não trouxe a existência. Eu sou o que sou - Ego Sum Qui Sum.

Eu quero crer que o anteayer será melhor do que hoy, por que Ele preparou o dia especialmente para mim, como um regalo permanente e dependete de mim. As coisas que não existem são mais bonitas assim disse Felisdônio..

Eu quero ser Apuleio, quero ser todos esses que não creram na sua visão limitada, eu quero o surreal, o inexistente, por que ele é mais doce e nobre..Eu quero o "nadifúndio", a terra dos nadas.
Eu quero a desimportância...

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