sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Tratado das Flores


16/07/2009, 23:oo hs
Eu bem sei como tudo isso aconteceu, partiu de mim, um mortal, espírito preso em um corpo do qual faço parte veemente e insolúvel. Não sei, se minha história é triste ou alegre, o que sei, é a minha existência desta maneira, sem a qual não estaria aqui muito menos a contar.

Não sei se real ou imaginação incompleta, é o está em mim. Na verdade o dito "imaginação" ou "ficcional", talvez seja a fuga para não olhar e realidade. Como todos choro, rio, danço e invento exclamações alegres como diz o poeta.

Sei, foi em um dia de chuva como esses ultimamente, não sei se dia ou noite, porém acredito na noite, nas mil e umas faces que Ela escondi, no poder que tem sobre mim.
Poderia ter a acontecido no meu quarto ou no seu, quem sabe... Mas ela escolheu aquele lugar.

Então, numa noite triste, fria, tórrida na ponte nebulosa, sombria, chuvosa. Ela caminhava lentamente seus passos de anjo, de longe nem acreditei. Tinha cabelos ruivos longos, como de quem sai de uma chama, e o vento percorria os lânguidos cabelos, ela nem percebeu.

Olhos como de quem acabara de nascer, uma coisa que não conseguir entender. A roupa acho que descida do céu, tal era brancura e sua luz, não sei, me embebedei de seus aromas ou coisa semelhante fiquei ébrio totalmente. Me embebedei do seu cheiro, dos seus olhos, do seu corpo pálido, indecifrável...

Eu queria mais e mais daquele cheiro, determinado momento pensei em fazer como Solfiere ou Jean Baptiste, mas recuei, na covardia do meu Ser, arrependi-me no passar das horas. Ela seria só minha, todo aquele cheiro só meu... Não sei se emanava dela ou das flores que todas juntas se agrupavam a nos observar, damas da noite, jasmins, lotus e outras tantas...

Um comentário:

Unknown disse...

Sorry, I don´t write your "lingua" but i can read it, and I like your style and your words. They are mistics and interesting.
Thanks for your comment in my blog.